Arritmia Cardíaca



Conviver com disparadas do coração durante as atividades rotineiras não é nada agradável. A sensação traz medo e dúvidas sobre o que está acontecendo com o organismo. As arritmias cardíacas podem aparecer em qualquer pessoa que tenha uma doença cardiológica, em especial nas hipertensas, infartadas, pessoas com isquemias e doenças congênitas. Mas, apesar de geralmente estarem ligadas a uma alteração estrutural do coração, há casos de pessoas que possuem órgão normal, mas desenvolvem arritmias.



O prejuízo na qualidade de vida dos pacientes com estes sintomas é evidente. Conforme o médico cardiologista e eletrofisiologista Antonio Nechar Junior, as arritmias são bastante estudadas porque trazem um prejuízo funcional e mecânico e podem provocar a morte súbita. ''Cigarro, bebidas energéticas, bebidas alcoólicas em excesso, estresse, excesso de tensão, tudo isso pode desencadear a arritmia até mesmo nas pessoas que não apresentam problemas cardíacos prévios'', elenca. O médico lembra que são os impulsos elétricos que fazem o coração bater e que a liberação de adrenalina em excesso também provoca a aceleração do coração, o que pode predispor ao aparecimento das arritmias.



O coração possui no átrio direito uma espécie de ''bateria'', responsável pela geração dos impulsos elétricos. Esta energia faz a parte de cima do coração contrair e segue para o meio do órgão, onde há outra espécie de ''bateria'' responsável por fazer os ventrículos (parte de baixo do coração) contraírem. Nechar Junior explica que as arritmias surgem quando pequenos impulsos elétricos aparecem em momentos inadequados, o que acaba descontrolando os batimentos.



Tipos de arritmia



O paciente com arritmia pode ser tratado com medicação ou ablação (leia mais nesta página), dependendo do caso. Uma das arritmias mais perigosas e também mais frequentes é a Fibrilação Atrial. Ela acontece quando há vários pontos de estímulo elétrico no átrio. Pesquisas apontam que atualmente cerca de 1,5 milhão de brasileiros possuem este tipo de arritmia. ''Hoje vemos mais pacientes com Fibrilação Atrial do que antes porque a população está envelhecendo e esta patologia tem uma relação direta com a idade'', afirma. Nechar explica que, conforme o coração vai envelhecendo, a musculatura é substituída por fibrose, o que favorece o aparecimento de tópicos elétricos que interferem nos batimentos do coração.