Londrina entra na era da cirurgia robótica



Seguindo a vocação de pioneirismo em saúde, Londrina é a primeira do interior do Sul do Brasil a contar com um equipamento para cirurgia robótica. O investimento foi feito pelo Hospital do Coração de Londrina, que instalou em sua Unidade Bela Suíça o Sistema da Vinci, de fabricação americana.



Com isso, a cidade une-se às capitais Curitiba e Porto Alegre e passa a fazer parte da restrita lista de municípios preparados para a cirurgia Robótica na região Sul.



Em todo o País, treze municípios têm hospitais com o Sistema da Vinci. Além de Londrina, apenas outros quatro dessa lista são interioranos: Ribeirão Preto-SP; Barretos-SP, Campinas-SP e Nova Lima-MG.



De acordo com a diretora geral do Hospital do Coração, Cristina Sahão, trata-se de um momento único para a história dos serviços de saúde de todo o Norte do Paraná. “Estamos sendo pioneiros porque esta é a vocação de nossa gente, de nossos profissionais e de nosso grupo. Quando o assunto é tecnologia, assumimos o papel de vanguarda. Sempre com um objetivo muito nobre: oferecer a melhor assistência possível para os pacientes. Enfim, salvar vidas.”



A cirurgia robótica é uma opção de procedimento minimamente invasivo que atende a diversas especialidades médicas. Entre outras vantagens, permite ao cirurgião operar sentado, controlando os quatro braços robóticos por meio de “joysticks” e visualizando as imagens internas do paciente reproduzidas por câmeras de alta definição, em 3D, ampliadas em até dez vezes. Além disso, o robô filtra os eventuais tremores do cirurgião, garantindo estabilidade e executando movimentos impossíveis para o punho humano.



“Londrina agora conta com o que há de mais moderno para o tratamento de diversas doenças. Na minha especialidade, que trata câncer de próstata, o robô traz maior precisão e melhores resultados para os pacientes que desejam ser submetidos à cirurgia. Londrina sempre foi pioneira e mantém esse status”, comenta o cirurgião urologista Ricardo Brandina, membro da equipe da Urolit.



Nas cirurgias robóticas minimamente invasivas, o tempo de recuperação do paciente costuma ser menor em comparação com cirurgias convencionais. Diminui-se o tempo de internação hospitalar e são reduzidas as possibilidades de infecções.



“Concretizar a cirurgia robótica é tornar possível mais uma de nossas metas. É reforçar o nosso compromisso com os pacientes e seguir o lema que definimos em nossa fundação: fazer tudo pela saúde daqueles que atendemos”, destaca o cirurgião cardiovascular Arnaldo Okino, diretor do Hospital do Coração de Londrina.



A instituição está completando 16 anos de atividades. Nesse período, ampliou consideravelmente as instalações de sua Unidade Paes Leme, inaugurou um centro ambulatorial na Avenida Bandeirantes e, há quatro anos, iniciou as atividades na Unidade Bela Suíça.



Atualmente, oferece mais de 350 leitos hospitalares e gera em torno de 700 empregos diretos.